Melhorias
Louis Braille tem avanço na estrutura
Iniciativa terá duração de dois anos e pretende atender 1.440 pessoas dos 28 municípios da região
Carlos Queiroz -
É alto, o índice: 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, se, ainda na infância, houvesse foco no trabalho de prevenção. Estimulá-la é o objetivo de projeto que a Associação Escola Louis Braille desenvolve com recursos de empresas que fomentaram a inciativa através do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa Com Deficiência (Pronas/PCD), do Ministério da Saúde.
O termo de compromisso entre a União e a Louis Braille foi firmado em 24 de maio de 2017, quando foi aprovada a captação de R$ 1,3 milhão pela escola através do (Pronas/PCD) - espécie de Lei Rouanet da saúde -, que baseia-se em empresas financiando projetos através do abatimento do valor no Imposto de Renda.
A instituição pelotense recebeu o prazo de 24 meses para captar a verba. Porém, menos de um ano após o início dos trabalhos, R$ 3,45 milhões foram captados - o excedente ficará com o ministério que distribuirá para outras propostas aprovadas.
Atendimento para 28 cidades
Em janeiro de 2018, após a compra de equipamentos, entrou em vigor o projeto Ações Integradas em Deficiência Visual: Família, Saúde e Escola - Ampliar o Acesso, Diagnosticar Precocemente e Qualificar o Cuidado. A iniciativa terá duração de dois anos e pretende atender 1.440 pessoas dos 28 municípios da região.
O presidente da Louis Braille, Dilmar Cunha Rodrigues, explica que a ideia é voltar um passo no trabalho feito na escola, ao que o projeto é focado na prevenção à cegueira. “Visa atender crianças que ainda têm a visão, mas com severas dificuldades para enxergar.”
A coordenadora do projeto é Ana Berenice Reis. Ela é uma das grandes responsáveis pela ideia ter saído do papel e também destaca a importância da prevenção. “Quanto mais cedo for descoberto o problema, maior a chance de recuperação”, diz.
Dentre os serviços oferecidos estão fisioterapia diferencial, apresentando possibilidades e exercícios associados ao contexto escolar, reabilitação visual, cujo fundamento é utilizar a visão residual que a criança possui com a finalidade de alcançar o mais alto desempenho possível, oftalmologia e psicologia.
Um dos beneficiados é Valdir Martins. Ele é pai de Juliana e Juliane, as duas com problemas de visão. Pela iniciativa, elas estão sendo atendidas por profissionais das mais diferentes áreas, que já encaminharam óculos que ajudarão a ver o mundo mais bonito - assim como ele ficou após o projeto da Louis Braille.
Os atendimentos são realizados de segunda a sexta-feira, das 17h30min às 20h30min, e aos sábados, das 8h às 13h. Interessados devem se dirigir à Louis Braille, rua Andrade Neves, 3.084, de segunda a sexta-feira, das 8h ao meio-dia e das 13h30min às 17h30min.
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